Não é segredo que a cannabis é conhecida no mundo todo, né? Mas sabia que a planta é originária da Ásia e pertence à família Cannabaceae? Popularmente chamada de maconha, ela é consumida de forma recreativa e, também, bastante utilizada para fins terapêuticos.
O tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD), seus principais compostos, chamaram a atenção da indústria farmacêutica. Ambos têm sido pesquisados pela comunidade científica e se mostraram eficientes no tratamento de diversas doenças.
A fabricação de óleos, cremes, sprays e outros produtos à base desses compostos já é uma realidade em diversos países. E, como eles são cada vez mais indicados pelos médicos, é importante dialogar sobre a utilização desses itens e da planta in natura.
Quais são os países em que a maconha é liberada?
Mesmo ainda sendo um tema polêmico, alguns países já liberaram o uso da maconha e outros estão debatendo o assunto. Baseados em diferentes justificativas, cada um impõe suas próprias regras para as diferentes utilizações da planta.
Jamaica, Portugal, Canadá, África do Sul e México são alguns exemplos disso. Na Holanda, o uso recreativo é liberado e a venda autorizada em cafeterias. Já o Uruguai liberou o uso recreativo em todo seu território e o cultivo de até 6 plantas por adulto.
Nos Estados Unidos, 35 estados legalizaram a maconha para uso medicinal e desses, 16 permitiram que adultos fizessem o uso recreativo. Aliás, essa indústria legal proporcionou a geração de empregos e o aumento na arrecadação de impostos dessas regiões.
E quanto aos lugares onde é permitido fumar maconha?
Benefícios terapêuticos, combate ao crime organizado e religião são alguns pontos de divergência em torno da legalização da maconha. Seja apoiada na ciência ou na crença da maioria de seu povo, várias nações mudaram seu posicionamento (e pra melhor).
Na Jamaica, por exemplo, cada adulto pode cultivar até 5 plantas de maconha e fumar em suas casas ou em locais licenciados. Além disso, o porte de até 50 gramas da planta é permitido por lá, apesar de gerar uma multa caso o cidadão não tenha a receita médica.
No Brasil, o uso recreativo e a comercialização de produtos estéticos e alimentícios à base de maconha ainda são ilegais. Hoje, a permissão de uso abrange medicamentos que devem ser comprados com receita médica e autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Quais os possíveis problemas de fumar maconha?
Disclaimer: até aqui, já ficou claro que a legalização está acontecendo em várias regiões, certo? Por isso, daqui em diante, falaremos sobre o eventual uso nos locais em que esse consumo é permitido, considerando os fins recreativos, medicinais e segue o fio.
A indicação de uso moderado, além da associação com a prática de exercícios físicos e boa alimentação, também vale no caso da maconha. O equilíbrio entre investir no que gostamos e cuidar do corpo é o caminho ideal para o bem-estar.
Se você faz parte do time que se cuida e gosta de fumar maconha para relaxar, ouvir música e curtir a vibe, tá tudo bem. Inclusive, aproveite para ficar por dentro dos efeitos dos dois principais tipos da planta e, depois, escolher qual deles mais te agrada.
Indica e sativa são duas subespécies da cannabis que atuam no organismo de maneiras distintas. Com diferentes concentrações de THC e CBD, elas podem reduzir o estresse e a tensão muscular ou ter efeito estimulante e aguçar a criatividade.
Qual é a lei que proíbe a maconha no Brasil?
Essa discussão em terras brasileiras (e em outros países pelo mundo) tem grande implicação social, já que é atrelada ao racismo. Segundo matéria publicada na revista Exame em 2019, a punição pelo uso da maconha entre os negros é maior em relação à população branca.
No Brasil, a Lei 11.343/2006, chamada Lei de Drogas, classifica o uso ou cultivo da maconha como ilegal. Por enquanto, é uma contravenção punida com advertência, prestação de serviços à comunidade ou medida socioeducativa.
A boa notícia é que a legalização vai avançando a cada autorização que a justiça concede às associações e famílias. Por exemplo, há brasileiros que têm prescrição médica e, assim, podem cultivar e extrair o óleo da maconha para uso medicinal.
Existe um projeto de lei sobre a legalização da maconha?
Desde 2014, 5 projetos de lei sobre a regulamentação do uso da maconha foram propostos no Congresso brasileiro. Nesse período, Câmara e Senado votaram pautas que iam desde o consumo recreativo até o cultivo e uso terapêutico da planta.
Com a burocracia nas votações, pacientes que necessitam de medicamentos à base de THC e CBD garantem o uso através de ações judiciais. Dessa forma, o MInistério da Saúde gasta milhares de reais todos os anos para cumprir esses mandados.
A legalização da maconha, então, traria economia aos cofres públicos, já que as importações esporádicas são mais caras. Outro fator favorável seria a arrecadação de impostos gerada pelo comércio legal e regulamentado da planta, o que ocorre em vários países.
Quais as principais formas de usar maconha?
A maconha é uma planta bem versátil quanto às possibilidades de utilização, o que pode acontecer de várias formas. Em geral, o hype e os efeitos vão ajudar cada pessoa a escolher aquela forma de utilização que mais lhe agrada.
O tradicional costume de fumar a planta ainda se mantém, mas com uma pitada de modernidade, usando as sedas para enrolar o cigarro. Em lojas especializadas, é possível encontrar rolling papers de diversos tamanhos, cores e sabores.
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Aliás, aparelhos como vaporizadores e bongs possibilitam que a maconha seja fumada de formas mais seguras em comparação ao cigarro industrializado. Isso se dá através da filtragem de substâncias nocivas pela água ou a escolha dos juices disponíveis.
Em alguns países, também é liberada a comercialização de produtos estéticos, cremes para dor e até gummies com Delta 8 (edibles). Com isso, milhões de pessoas e animais de estimação se beneficiam das propriedades terapêuticas da planta.
Deu para perceber que, além do uso recreativo seguro, a maconha pode trazer qualidade de vida para pacientes do mundo todo, não é mesmo? Para que isso aconteça, é essencial que os debates sobre a legalização continuem existindo, de forma imparcial.
Por aqui, acreditamos que o preconceito há de acabar e ficamos na torcida para que, em breve, mais pessoas sejam beneficiadas com a planta. Afinal, curtir uma vibe boa e melhorar a saúde deve ser algo natural (e um ato criminoso), não é mesmo?